Saiba como recuperar seu dinheiro
Com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), muitos beneficiários de planos de previdência privada — como o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) — podem ter direito à restituição do ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) pago indevidamente.
O que mudou com a decisão do STF?
Em abril de 2024, o STF, ao julgar o RE 1.318.121/SP (Tema 1.253 da repercussão geral), decidiu que:
Não incide ITCMD sobre os valores recebidos por beneficiários de planos de previdência privada PGBL e VGBL em razão da morte do titular, quando houver cláusula de beneficiário indicado.
Essa decisão tem efeito vinculante para todo o país, ou seja, deve ser seguida por todos os tribunais brasileiros.
Por que essa cobrança é indevida?
Muitos estados vinham exigindo o pagamento de ITCMD sobre os valores desses planos, especialmente os PGBL, considerando-os parte da herança. Com a decisão do STF, ficou claro que, quando há beneficiário indicado, o valor é transmitido diretamente e não integra o espólio — ou seja, não é herança e, portanto, não pode ser tributado com ITCMD.
Quem tem direito à restituição?
Você pode ter direito à restituição se:
· Foi beneficiário de plano PGBL ou VGBL após o falecimento do titular;
· Pagou ITCMD ao Estado sobre esses valores;
· O pagamento foi feito nos últimos 5 anos (prazo prescricional para restituição tributária).
Como funciona a ação de restituição?
A restituição deve ser solicitada por meio de ação judicial, que será fundamentada na decisão do STF. Será necessário reunir documentos como:
· Comprovante do pagamento do ITCMD;
· Certidão de óbito do titular;
· Documentos do plano de previdência (indicação de beneficiário);
· Comprovação do valor recebido.
O processo busca a devolução integral do imposto pago, com correção monetária.
O que fazer agora?
Se você ou alguém da sua família se encontra nessa situação, é possível reaver valores significativos pagos indevidamente ao Estado. Nosso escritório está à disposição para analisar seu caso e, se for o caso, ajuizar a ação judicial para garantir seus direitos.